Morre Julio Rafael um dos grandes nomes da esquerda paraibana
Sou do século passado. Do tempo de acompanhar copa do mundo via rádio. Ainda lembro, moleque, na Av Rio Branco (Campina Grande) torcendo pela seleção brasileira no jogo contra a Checoslováquia. Radinho de pilha no ouvido. Não lembro “a marca”.
0 a 0. Com Pelé saindo de campo contundido.
Cheguei por Campina Grande, oito anos antes destas lembranças. 1954, na Casa de Saúde de Dr. Brasileiro. Sensação era a seleção húngara, com o capitão Puskás. Pobre Hungria perdeu a copa para a Alemanha e dois anos depois foi invadida pelos soviéticos, num dos maiores crimes cometidos pela “mundiça” que se arvorava defensora do socialismo.
De lá prá cá, muito tempo passou e muita água rolou. Espero no tempo futuro ir aos poucos contando um pouco deste passado. Tem muita história e estórias muitas também.
Aquela “mundiça” defensora do socialismo jaz apodrecida na lata de lixo da história, com algumas viúvas alegres ainda perambulando por aí.
Nos tempos presentes estou superintendente do SEBRAE – Paraíba, e há muito envolvido no espaço da política partidária. Petista deste os tempos do movimento pró- PT, e militante dedicado para com esta construção que é uma das coisas generosas que a sociedade brasileira lega a posteridade.
Neste tempo de passagem de século, cursei economia, estudei um pouquinho mais sobre história econômica da América Latina, tentei fazer mestrado em ciência política, fui vereador, andei muito por este Brasil afora, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, voltei para minha Paraíba nos finais dos anos 80.
Os governos militares já eram coisa do passado, aqui participei das primeiras eleições presidenciais que a turma da minha geração em diante participou. Coordenei a campanha do Lula Lá. Foi muito bacana.
Por aqui, casei com uma mulher extraordinária com quem compartilho casa, alegrias, tristezas e dois “gatos”, Lucas e Daniel.
São muitas histórias e estórias muitas que vivi. Democrata e teimoso continuo andando pela margem esquerda da política e acreditando que o bom cabrito é aquele que berra, para desafinar o coro dos contentes com a desigualdade, com as injustiças, com a agressão ao mundo e a natureza e com todas as formas de opressão.
Revista Novo Perfil Online
Por Julio Rafael Perfil do blog
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