Conheça seres que são zumbis, sedendo a vontade de parasitas
Verme Paragordius varius
Grilo-doméstico Acheta domesticus
O grilo cede a vontade – e a própria vida – ao verme P. varius. As larvas do parasita infiltram-se no corpo do grilo-doméstico quando este se alimenta de insetos mortos. O grilo é terrestre, mas a fase adulta do ciclo vital do verme é aquática. Por isso, quando está prestes a emergir, o verme altera o cérebro do hospedeiro, levando o grilo a abandonar a segurança da terra e dar um salto na água mais próxima. Quando o grilo se afoga, surge um verme maduro, de até 30 centímetros.
Vespa parasitoide Dinocampus coccinellae
Joaninha Coleomegilla maculata
Joaninhas têm fama de ser portadoras de boa sorte – menos quando são infectadas pela vespa fêmea D. coccinellae, que deposita um único ovo assim que ferroa o inseto. Ao emergir do ovo, a larva passa a devorar seu hospedeiro desde o interior. Quando está pronto, o parasita sai e tece um casulo entre as pernas da joaninha. Ainda que seu corpo esteja agora livre do parasita, o inseto continua cativo, imóvel sobre o casulo, protegendo-o de predadores. Algumas joaninhas conseguem sobreviver a essa estranha provação.
Crustáceo anfípode Hyalella azteca
Um minúsculo crustáceo anfípode, o H. azteca, vive no fundo lodoso de lagos e lagoas – a menos que seja penetrado pela larva de um verme P. constrictum. Quando a larva chega à maturidade, o crustáceo deixa o ambiente seguro e sombrio e nada rumo à superfície. Para o hospedeiro, este é um comportamento fatal: aves estão à espreita para devorá-lo. No entanto, para o parasita – colorido de laranja por pigmentos extraídos do tecido do hospedeiro – tudo é parte de um plano. Afina
l, esses vermes só chegam à idade adulta nas entranhas das aves.
Formigas arbóreas Cephalotes atratus
Excrementos de aves recolhidos pela formiga arbórea Cephalotes atratus para alimentar suas larvas às vezes contêm uma ameaça oculta: o verme nematódeo parasitoide Myrmeconema neotropicum. Uma vez dentro da formiga, o verme faz com o abdome da hospedeira adquira um tom amarronzado, mimetizando um fruto maduro e atraente para as aves. Para tornar seu hospedeiro inconsciente ainda mais sedutor, o nematódeo faz com que a formiga ande com o abdome erguido, anunciando: “Venham me comer!”
Vespa Antron douglasii
Carvalho Quercus lobata
Quando injeta seus ovos nas folhas do carvalho, a vespa Antron douglasii deixa ali outras coisas também: um coquetel de substâncias químicas que induz a planta a construir estruturas rosadas, chamadas de galhas, ao redor da larva em crescimento. Protegida e segura, a larva passa a se alimentar dos nutrientes da folha.
Fonte: National Geographic Brasil
Nenhum comentário