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Manifestantes protestam em todo o Brasil contra assassinato de vereadora

A morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, assassinados ontem à noite no Estácio, levou uma multidão às ruas de estados em todo o Brasil nesta quinta-feira para protestar contra o crime. No Centro do Rio, milhares de pessoas acompanharam o velório de Marielle e Anderson, na Câmara Municipal, durante o dia. À noite, os manifestantes discursaram por cerca de uma hora nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de onde seguiram em direção à Candelária e de volta à Cinelândia.

Em São Paulo, milhares de manifestantes ocuparam no início da noite duas pistas da Avenida Paulista. Eles se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em Rio Branco, Belém, Recife, Teresina, Curitiba, Natal, Salvador e Belo Horizonte, grupos também se reuniram em atos, sempre segurando cartazes ou entoando os dizeres “Marielle Presente”. No Twitter, a expressão se tornou um dos assuntos mais comentados.

Entre as pessoas que acompanham a manifestação no Rio está Zulmira Batista, de 70 anos. Ela estava no restaurante Calabouço, em 1968, quando o estudante Edson Luís foi assassinado.

– Estou aqui para prestar solidariedade à vereadora. Ela era muito guerreira, e nós temos que mostrar que estamos descontentes — afirmou Zulmira.

No caminho da Alerj até a Candelária, o músico paraibano Luiz Soares tocou na flauta a música de Geraldo Vandré “Pra não dizer que não falei das flores”, como uma forma de homenagem à Marielle.

— Ela era negra como eu. Uma judiaçãoTambém no Centro do Rio, a diretora Bia Lessa, o elenco e a equipe do espetáculo “Grande Sertão: Veredas”, em cartaz no CCBB, fizeram um ensaio aberto na rua. O exército armado de jagunços sem cabeça que compõe a instalação no CCBB (60 bonecos de feltro em tamanho humano) foi levado para a rua e ficará exposto em vigília.

Manifestantes entoam cantos de ordem contra a polícia e também contrários ao governo de Luiz Fernando Pezão. Durante o cortejo e a manifestação em torno da Alerj, dezenas de mulheres carregavam faixas com os nomes da vereadora e do motorista assassinados nesta quarta. Uma faixa contra a intervenção federal também ilustra a marcha, que segue até a Alerj. Cantos que reforçam o caráter de luta da parlamentar são entoados ao longo do caminho.

“Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem mexeu com a Marielle atiçou o formigueiro” e “Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor, Companheira me ajuda, eu sozinha eu tô só, companheiro me ajuda, que eu não posso ficar só” são algumas das frases cantadas.

















Fonte: Extra Online o que fizeram — disse Soares.

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