Após Fachin abrir investigação contra Onyx, Moro diz que futuro ministro é ‘da sua confiança pessoal’

“Onyx tem minha confiança pessoal. Sei do grande esforço que ele fez para aprovar as 10 medidas Contra a Corrupção”, afirmou o ex-magistrado no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição.
Nesta terça-feira, 4, Fachin atendeu a pedido feito pela Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa 2 feitas por colaborador da J&F ao futuro ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro que prosseguirá com foro em 2019.
A petição autônoma é uma fase anterior à instauração do inquérito, quando o parlamentar passa a ser formalmente investigado. Nela, já é possível pedir medidas de investigação.
Pesam sobre Onyx o relato e planilhas dando conta de pagamentos de R$ 100 mil em 2012 e R$ 200 mil em 2014. O deputado federal admitiu em entrevista radiofônica ter recebido R$ 100 mil e pediu desculpas. Em sua decisão, Fachin determinou que as novas petições sejam submetidas à livre distribuição entre os ministros – à exceção de Dias Toffoli, que preside a Corte – para que um relator seja escolhido.
Lula. O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que questões relativas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazem parte do seu passado. Moro, então responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, deixou oficialmente o cargo de juiz há cerca de duas semanas. “A questão relativa ao ex-presidente Lula pertence à Justiça e não ao ministério. Isso faz parte do meu passado e não tenho nada a dizer a esse respeito”, respondeu ao ser questionado por jornalistas.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta terça-feira um novo habeas corpus apresentado pela defesa de Lula. No pedido, os advogados do petista querem a anulação dos atos do ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula no caso do tríplex do Guarujá.
Apresentado no início de novembro, o processo de Lula pede que seja reconhecida a suposta “perda da imparcialidade” do ex-juiz federal, anulando-se todos os atos do então magistrado no caso do tríplex e em outras ações penais que miram o petista. Caso seja atendido, o pedido resultaria na liberdade do petista.
Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo a rejeição ao pedido.
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