“É um serviço público”, diz Geisy Arruda sobre contos eróticos
A paralisação de atividades presenciais por conta da pandemia do novo coronavírus afetou o mundo inteiro e até artistas e celebridades perderam parte significativa de suas rendas. A empresária Geisy Arruda viu isso acontecer deixar de fazer presenças VIPs em eventos e participação em peças publicitárias. Ela então decidiu se reinventar e criou o Podcast Proibidão, em que narra contos eróticos.
A ideia de criar o podcast surgiu depois que ela percebeu que o público tinha enjoado das lives no Instagram (que ela chegou a fazer). Geisy percebeu que, em meio a tantos podcasts sobre política, notícias e futebol, havia uma lacuna quando o assunto era sexo.
“Tive essa sacada de que não teria concorrência e que seria legal agradar meu público com os contos por um valor simbólico”, diz. Os episódios do Podcast Proibidão estão disponíveis na plataforma Hotmart Sparkle , com assinatura mensal de R$14,90.
Segundo ela, a maior parte dos seus mais de mil assinantes é homem, mas mulheres também são bem-vindas. “Quero também que as mulheres sintam prazer. Nos podcasts, são elas quem sempre gozam primeiro. Deveria ser assim na vida real”, diz.
Além de explorar sua criatividade em uma nova linha de trabalho, Geisy acredita que esse seja um ótimo momento para estimular a mente e o prazer dos fãs. “A gente vive tempos horríveis em que nossa libido vai lá no chão. A gente acorda e fala ‘meu Deus, isso aqui vai ser a minha vida hoje?’. Tudo está muito broxante. Então, eu acabo prestando um serviço público para a humanidade e meus seguidores. É uma forma de trazer de volta a vontade de se excitar, do orgasmo, de pensar em sacanagem e manter a libido em alta em tempos tão cruéis”, afirma.
Inspirações para falar sobre sexo não faltam, já que Geisy é autora de dois livros eróticos e atualmente escreve o terceiro, com previsão de lançamento para o fim do mês de junho. Na prática, ela notou que excitar o leitor requer estímulos diferentes do ouvinte.
“Na escrita, a gente tem essa pressão por detalhes como a cor da calcinha, da roupa, detalhes da taça, falar bastante sobre a ambientação. No podcast isso precisou ser encurtado, porque há uma preocupação de que fique muito grande e monótono, chato de ouvir”, explica Geisy.
Assim, ela tem sempre o desafio de finalizar os episódios entre seis e sete minutos. “Costumo dizer que é uma rapidinha ou uma siririca [masturbação femininia]”. Os detalhes são diminuídos e o diálogo, gemidos e interações sexuais são priorizados.
Geisy possui uma demanda alta de gravações e tenta distribuí-la três vezes na semana. Apesar de serem fictícios, ela explica que faz de tudo para que os contos pareçam reais. Dessa forma, ela consegue brincar com as fantasias e fetiches dos ouvintes, algo que ela garante conhecer bem.
Em suas narrativas, nada de artistas e jogadores de futebol. O foco está nas situações que podem acontecer com uma pessoa comum. “É uma transa com o rapaz que foi arrumar a máquina de lavar, com o que instala a televisão ou se masturbar enquanto ouve o vizinho transar. Sei que são fetiches para muita gente”, diz.
Para acertar no gosto do público, Geisy está sempre pesquisando e se atualizando sobre os desejos dos seguidores, que vão desde podolatria e orgias até BDSM e até cuckold, nome dado ao prazer de ser traído .
Apesar da dedicação, Geisy afirma que não sabe exatamente como seu público se relaciona com o material que produz. Ela espera que o conteúdo seja visto como uma ferramenta de auto descoberta, seja por solteiros ou para casais que querem apimentar o relacionamento. “Acredito que as pessoas estão se excitando e chegando ao ápice do prazer. Isso é sinal de que estou fazendo um bom trabalho”, diz.
Créditos: IG
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