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Eclipse solar anular: Brasil aguarda início; fenômeno chega ao ápice nos EUA


Na tarde deste sábado (14/10), moradores de diversas cidades do Brasil poderão acompanhar o eclipse anular do Sol. Vale lembrar, porém, que o horário varia conforme a localidade do observador.

O eclipse anular se caracteriza pelo alinhamento da Terra, da Lua e do Sol. A sobreposição resulta na formação de um “anel de fogo” em torno da silhueta da Lua, já que apenas as bordas do Sol ficam visíveis.

O eclipse anular será visível apenas nas Américas do Norte, Central e Sul. No Brasil, esse fenômeno ocorrerá de maneira mais intensa nas regiões Norte e Nordeste do país.
Horário estimados para o Brasil

Abaixo, os horários de início e ápice, segundo o site Time and Date:
  • Aracaju - INÍCIO ÀS 15h32 e ÁPICE ÀS 16h48
  • Belém - 15h04 e 16h32
  • Belo Horizonte - 15h37 e 16h49
  • Boa Vista - 13h28 e 15h08
  • Brasília - 15h24 e 16h45
  • Campo Grande - 15h23 e 16h44
  • Cuiabá - 14h12 e 15h38
  • Curitiba - 15h42 e 16h48
  • Florianópolis- 16h48
  • Fortaleza - 15h23 e 16h42
  • Goiânia - 15h25 e 16h45
  • João Pessoa - 15h31 e 16h46
  • Macapá - 14h56 e 16h27
  • Maceió - 15h32 e 16h48
  • Manaus - 13h40 e 15h19
  • Natal - 15h29 e 16h45
  • Palmas - 15h16 e 16h41
  • Porto Alegre - 15h51 e 16h47
  • Porto Velho - 13h43 e 15h21
  • Recife - 15h31 e 16h47
  • Rio Branco - 12h38 e 14h16
  • Rio de Janeiro - 15h43 e 16h50
  • Salvador - 15h33 e 16h48
  • São Luís - 15h13 e 16h37
  • São Paulo - 15h40 e 16h49
  • Teresina - 15h18 e 16h41
  • Vitória - 15h41 e 16h50

Pode causar cegueira

O evento, apesar de curioso, não deve ser observado de forma direta. Uma das características do eclipse anular é a formação de uma penumbra ou o escurecimento quase que total do dia. Ainda assim, não é seguro olhar diretamente para o Sol.

O médico Vinicius Kniggendorf, especialista em retina e vítreo do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), explicou ao Metrópoles que observar o fenômeno sem o devido cuidado pode levar, até mesmo, à queima da retina.

Ele detalha que a lesão de fototoxicidade, como é conhecido esse tipo de lesão causada pela luz, leva a uma queimadura na região central da visão. Isso machuca os fotorreceptores, o que pode levar ao surgimento de manchas, distorções e perda da visão central. Em casos extremos, o resultado pode ser a cegueira.

“Ao olhar diretamente para o Sol, esse risco [de causar uma queimadura] aumenta. A lesão pode ser leve ou grave e, muitas vezes, irreversível, causando baixa da acuidade visual, manchas ou tortuosidades na visão”, completa.
Equipamentos adequados

O uso de chapas de raio-x e de óculos escuros também está descartado. De acordo com o médico Vinicius Kniggendorf, essas soluções não são suficientes para diminuir os riscos à visão durante a observação do eclipse. “Óculos escuros protegem dos raios indiretos e dão conforto, mas para visualização direta [do eclipse] não possuem proteção adequada, assim como as imagens de raio-x”, alerta.

O Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ainda descarta o uso de celulares, câmeras fotográficas e de telescópios sem os filtros apropriados na hora de observar o fenômeno.

Então, como não perder o fenômeno e garantir a segurança? Uma das possíveis soluções é o uso de óculos com lentes certificadas do tipo NBR/ISO 12312-2 e que filtrem mais de 99,999% da luz solar.

Outra alternativa é a montagem de uma câmara escura. O método utiliza uma superfície com um pequeno furo, por meio do qual passa um feixe de luz que é projetado na superfície lisa, permitindo a observação indireta do eclipse.

Uma última medida é acompanhar a live do Observatório Nacional, que será transmitida por meio do YouTube, neste link, a partir das 11h30 deste sábado. A transmissão ocorre por meio da parceria com instituições nacionais e internacionais, que acompanhará todo o caminho do eclipse.

Metrópoles, g1

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